Às 19h, começam a chegar os participantes para a sessão de partilhas de
leituras. Cada um guardou segredo do
livro a apresentar, não cedendo à pressão da curiosidade dos outros,
sorrindo a interrogatórios, deixando no ar pistas que, embora curiosas, nada
diziam daquilo que os esperava.
Haja
Luz, obra de Jorge Calado, iniciou a sessão. A abertura não podia ser mais
vibrante; a música de Haydn transporta-nos para o caos primordial e eleva-nos
no preciso momento da criação, do surgimento da luz. As palavras acompanharam a matemática
musical e aconteceu uma corrente de sentidos, textos imbricados em textos, um continuum
de histórias, as Palavras do Mundo. E porque a palavra é também imagem, acabamos
a noite entre aguarelas, pincéis, lápis de todas as cores e materiais insuspeitados
que desenham os traços da existência.
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