quinta-feira, 25 de abril de 2024

Abril por cá

No âmbito das comemorações do AEC dos 𝟱𝟬 𝗮𝗻𝗼𝘀 𝗱𝗼 𝟮𝟱 𝗱𝗲 𝗮𝗯𝗿𝗶𝗹 de 1974, em março, Aurora Rodrigues aceitou o convite para vir à escola - EBSMC, dar o seu testemunho.
Quando era uma estudante universitária com apenas 21 anos, Aurora Rodrigues viu ser assassinado à sua frente o amigo Ribeiro dos Santos. Quem o assassinou? Funcionários do Estado Português. Porquê? Porque estávamos em 1973 e o governo do nosso país não admitia que os portugueses não quisessem ir para a guerra que esse governo tinha provocado 12 anos antes. Não admitia que os portugueses tivessem direito a pensar e a escolher o futuro, o seu e o do seu país.
Aurora Rodrigues poderia ter-se escondido, ter-se calado, ter-se encolhido com medo. Era normal que o fizesse: era jovem, pequenina, de famílias humildes, mulher numa sociedade altamente machista... Não o fez. O sentido do que era justo e injusto fez com que chamasse Assassinos aos assassinos de Ribeiro dos Santos e esses mesmos assassinos capturaram Aurora. No mesmo ano em que Almada subia à categoria de cidade, prenderam e torturaram Aurora com violências indescritíveis para que Aurora traísse outros portugueses. Aurora podia ter cedido à violência, era normal que cedesse. Não cedeu.
Aurora teve a enorme generosidade de participar nas Comemorações do 25 de Abril de 1974 do AEC e vir contar aos alunos e professores a sua experiência nas mãos da PIDE-DGS e de torturadores. No nosso país. Há não muito tempo.



O livro de Aurora Rodrigues, «Gente Comum», graças à enorme generosidade da autora, estará em breve disponível na biblioteca da EBSMC.
O livro de Aurora Rodrigues, «Gente Comum», graças à enorme generosidade da autora, estará em breve disponível na biblioteca da EBSMC.O livro de Aurora Rodrigues, «Gente Comum», graças à enorme generosidade da autora, estará em breve disponível na biblioteca da EBSMC.


O livro de Aurora Rodrigues, «Gente Comum», graças à enorme generosidade da autora, estará em breve disponível na biblioteca da EBSMC.

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