terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Para um Amigo...

Para um amigo tenho sempre um relógio 
esquecido em qualquer fundo de algibeira. 
Mas esse relógio não marca o tempo inútil. 
São restos de tabaco e de ternura rápida. 
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo. 
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol. 
António Ramos Rosa


há sempre, tempo, espaço, ternura! 

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